Depois da desistência, uma nova luta por qualquer coisa deve se iniciar pela sobrevivência de nossa própria força.
E seguir em frente pode ser isso mesmo, nunca descrer na renovação da vida e dos sonhos.
Nunca descrer nos nossos restos bastáveis.
Aos pedaços, caminharemos rumo á distância irretratável do passado. Caminharemos pra longe do que fomos pelo direito de sermos melhores agora, pela necessidade de deixar morrer o que não pode mais viver em nós, nem pra nós.
Ele terá sempre o direito de ir embora de mim.
Com toda sua pressa e covardia. Com toda sua inteligência insuportável de nunca se manter distante do círculo de segurança que todo playboy carrega debaixo do seu teto de certezas simples e comodidades pagáveis.
Ele sempre terá o direito e o dever de ser quem ele sempre foi e será, e ir embora por tudo.
Mas eu nunca mais lhe darei a chance de chegar novamente.
Não depois de correr pra tão longe da dor que sempre acompanha o teu abraço.
Não depois de fugir tanto do vício de sofrer por nossas falhas.
Não depois de te esquecer.
Não, "baby", eu nunca mais lhe darei a chance de entrar de novo pra roubar minha mente e minha alma, eu nunca mais deixarei você despedaçar minhas razões pra provar pra si mesmo que eu não posso ser inteira.
Incompleta, porém, forte, caminho rumo á distância irrevogável do que um dia fomos.
Caminho pra perto do que seja-lá-o-que-for um destino sem aquele tipo de amor que inventei, criei e alimentei.
Catando distrações pras saudades.
Comprando esperanças pra felicidade.
Morrendo na memória, por não caber em minha rotina.
Esse é só o fim, cara.
Depois disso, o que sobra deve ser - e tem que ser - suficiente.
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