
Há situações na vida em que já tanto nos dá perder por dez como perder por cem, o que queremos é conhecer rapidamente a última soma do desastre, para depois, se tal for possível não voltarmos a pensar mais no assunto
"...é certo, se isso lhe serve de consolação, que se antes de cada ato nosso ,nos puséssemos prever todas as consequencias dele, pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já não estaremos para poder comprová-los, para congratular-nos, ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade que tanto se fala...".
Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,Numa rede de presençasE ausências,Numa fuga para o ponto de partida:Um perto que é tão longe,Um longe aqui. Uma ânsia de estar e de temerA semente que de ser se surpreende,As pedras que repetem as cadênciasDa onda sempre nova e repetidaQue neste espaço curvo vem de ti.
Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória.
De que adianta falar de motivos, às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos
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