quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

18 ANOS


AOS 18 ANOS A VIDA DA GENTE É UMA MONTANHA RUSSA DE EMOÇÕES , É QUANDO PENSAMOS QUE " TUDO PODE " ...

Lembro-me quando fui para maternidade, eu lá com o rosto parecendo uma bolacha traquinas, com a boca parecendo uma câmara de caminhão virada ao meio e o nariz do tamanho de uma jaca Sim, porque essa é a sensação. Não sabemos o que nos espera na sala de parto e temos a nítida sensação de que estamos indo para um abatedouro
O medo que todas as grávidas têm da cesariana e tudo que a envolve, esse passa batido, porque na verdade não sentimos dor alguma ao “darmos a luz”. Lembro bem da cena. Sabe aquelas fotos clássicas que todo mundo tem no hospital? O papai lindo, magrinho, com a aparência normal com seu filhinho no colo e a mamãe... Bem a mamãe fica virada num bofe, com a cara deformada, toda escabelada e por estar deitada a papada fica mais evidente ainda.

Como se não bastasse as enfermeiras enfiando as mãos em meus seios para fazer descer o leite. Não duvidaria de mais nada, nem se alguém começasse a chupar meu seio para ver se descia aquele leite teimoso. Eu já estava apavorada. Senti-me uma vaca leiteira deficiente ainda por cima, pois todo mundo tentava tirar leite e não conseguia. Ter filho é assim? Eu pensava que era como nas poesias.

Não importa. Divirto-me com a mamãe monstro que fui durante alguns meses, mas afirmo que valeu muito à pena e não me importaria de passar de novo por tudo isso e ficar horrorosa mais uma vez no pós-parto. Porque não existe nada nesse mundo que substitua a alegria e a explosão de amor que é gerar e parir um filho.
Mesmo que pra isso a gente tenha que assumir o papel de “um monstro que foi picado por diversas abelhas” para poder dar a chance de o filho atuar no palco da vida e enfim ter a chance de se sentir eterno através das diversas gerações que partirão dele.

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Quem sou eu

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Não temo dizer o que sou. Até diria...se soubesse! Até diria...se conseguisse provar que mudo todos os dias pra garantir minha autenticidade. Não temo largar as palavras, ao invés das mãos. Não temo abrir o livro da minha vida aos poucos que fazem ¿ realmente - parte dela...e claro, dentre esses, aos que gostam de ler...rs. Desacredito que podemos ser o que quisermos...na verdade, queremos ser o que pudermos. A informação valiosa é: podemos muito! Não sou igual a ninguém e ninguém é igual a mim. Nisso, todos somos iguais! ******************